Os fantasmas de minha mente.

– Idiota! – a palavra ecoou em minha mente. Era como se viesse de minha cabeça, de meu subconsciente, mas a voz de meus pensamentos não era aquela, não era tão maldosa, não era tão recíproca, tão grave. Não vinha de mim. – Idiota! – repetiu a voz feminina e infame, dando-me certeza de que aquilo tudo não era uma utopia. Não, definitivamente não vinha de mim. Eram os fantasmas, os fantasmas de minha mente. Os repugnantes espíritos que vinham aterrorizar-me, que tentavam desviar-me de meu rumo. Medo; essa era a exata descrição dos sentimentos inóspitos de tal momento. Medo, medo e mais medo. Só isso se passava por minha cabeça; isso e as vozes que tanto me assombram a alma. Oro, e que Deus nos abençoe: a mim e a aqueles que precisam tanto de um ombro amigo, de amor, de uma luz. Que Ele traga tal luz para nós, que nos ilumine e nos proteja do mal. Apesar do medo, também tinha a certeza. A certeza de que eles sempre estiveram aqui, psicoticamente dentro de minha cabeça, tentando controla-la. E também a certeza de que fiz a coisa certa, de que aqueles pensamentos não vinham de mim. De que eu não havia sido idiota por não deixar o egoísmo dominar-me. Eu estava orgulhosa de mim mesma, afinal. Eu havia conseguido manter-me firme, apesar dos fantasmas de minha mente.

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