Robôs programados para terem medo

Talvez os dias estejam passando rápido demais, ou talvez não. Talvez sejam apenas os milésimos de segundo chocando-se, deixando-me aflita. E nas ruas? Onde estão os sorrisos? Cadê a alegria? Só vejo o inverso, sombras aninhando-se contra o amor e contra a dor. Com medo, com medo. Pessoas com olhos vidrados e alucinados, alucinadas. Pessoas que parecem robôs, que parecem encantadas. Pessoas sob um feitiço... Pessoas? Pessoas ou máquinas? Pessoas ou medo? Medo.
Capas de chuva, roupas pretas, roupas negras, roupas sombrias. Sombra. Tudo é sombra e escuridão. Cadê o sol escaldante? Cadê, cadê? Se escondendo, com medo. Com medo de se apaixonar, de se perder. Com medo de amar a lua. Sol e lua? Luz e escuridão? Equilíbrio, estou perdendo o equilíbrio... Pessoas se escondendo da chuva, das lágrimas que geralmente vêm com a bênção. Escondendo-se e apegando-se a ilusão. Robôs, robôs. Robôs programados para terem medo.

0 comentários:

Postar um comentário