A mágica que é possível


Você não me sai da cabeça – e nem deve imaginar como me sinto com toda essa invasão de meus pensamentos. Porque o seu nome me rodeia e sua imagem me persegue por todos os lados. A lembrança sua ao mesmo tempo em que me acalenta, me deixa a margem do desespero. Por conta da falta de controle: pela primeira vez não controlo o que sinto. Nem o que sinto, nem o que penso. Por isso que essa situação é tão embaraçosa para mim. Não me obriguei a me apaixonar, nem alimentei uma faísca sequer de amor. Simplesmente aconteceu.
Explique-me se puder o que aconteceu. Até hoje não entendi tudo isso. Foi tão gradiente e ao mesmo tempo tão de repente! Assusto-me ao pensar em como as coisas foram se sucedendo até o ponto que estamos agora. Aliás, em que ponto estamos? Estamos em ponto algum no fim das contas?
Tanto faz. O que importa é o que sinto. E sinto que estou gostando de alguém verdadeiramente, pela primeira vez. Como se tudo o que veio antes fosse falso. Era tudo tão parecido com os contos de fadas – e as decepções foram tão frustrantes. Dessa vez, nada tem de mágico no que sinto. Gosto, e ponto final. Você não é o meu príncipe encantado – mas bem que poderia ser. Nosso amor não é eterno – temos um amor “nosso”, aliás? Temos, temos sim.
É isso que me encanta. O fato de ser normal. Nada de mágico, a não ser os olhares e o palpitar do coração. Fora a incerteza e todas essas coisas, nada de romântico. Nada de incrivelmente especial! Tudo especial na medida certa, todo o romantismo que é necessário aos 15 anos, tudo com a mágica que é possível, tudo... Assim. Perfeito com suas imperfeições.
E a única coisa que me é estranha é essa sensação de que tudo vai dar tão tão, mas tão certo. Essa sensação de que tudo depende apenas das circunstancias. Essa sensação de que as circunstancias estão a nosso favor.
A sensação de que tudo está acontecendo exatamente da forma que deveria acontecer.
Simplesmente amo a falta de controle.

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