A maior expressão da perfeição


Tudo está sendo tão diferente! Sou agora uma lunática consciente. Prefiro viver no mundo da lua, mas sei exatamente tudo o que me cerca. Perco-me olhando para o nada e pensando em tudo, mas sei exatamente a hora de acordar desse transe e dar continuidade a minha escrita. A brisa bate em mim, e me lembro do que me disseram certa vez. Fecho os olhos, mas não deixo que ela me perturbe: roubo dela apenas a sensação de frescor – e a tal lembrança agradável. Eu estou amando, é verdade, mas agora não é como antes. É melhor, infinitamente melhor. Porque acalenta, não destrói. Porque o que sinto não tem nada daquele fogo maligno e cheio de poder que me tentava, é uma chama mansa, que faz com que eu me consuma em felicidade e sorrisos. Eu estou amando, é verdade, mas dessa vez é realmente amor.
Tanto a água pura quanto a poluída cai sobre a terra e é sempre tida como bênção: é a Vida em uma de suas maiores expressões de perfeição. Ambas – a água pura e a poluída – evaporam e fazem falta: o terreno se torna seco e sem vida. O cenário é horrível. Mas então ela volta em forma de chuva e, dessa forma, volta pura. Aprendi que assim também é o amor: ele pode ser destrutivo ou construtivo, mas, se existe, nosso coração pula em alegria indescritível. Quando vai embora faz falta: faz com que nos sintamos vazios. Quando volta, vem melhor.
Isso acontece porque as decepções nos fazem bem, tanto quanto os erros. É uma forma de aprendermos, evoluirmos, nos tornarmos melhores. E quando aprendemos e nos tornamos melhores, graças a Lei Universal de Atração, atraímos coisas melhores para nós. Eu só tenho a agradecer por tudo o que já sofri: sem tantas lágrimas ainda seria eu uma menininha inocente, frágil e oca. Chorei, é verdade. Mas agora tudo volta tão melhor quanto é possível ser e, dessa vez, é puro. Dessa vez, é real e intenso.

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