Os olhos
perdem-se no azul sem fim do céu, jubilando-se com tal imagem. O céu está
limpo, denunciando uma imensidão que se consolida em nossa frente, cuja magnificência
nos faz custar a aceitar que fazemos parte, cuja beleza muitos se esquecem.
Sorte daqueles que contemplam, que admiram. Felizes aqueles que vêem na
natureza o deguste da alma. O verde manso e acalentador, coberto pelos raios
solares, brilhante, esperançoso. Verde esse que está por todo canto, e quantos
são os que o absorvem para si? Como que querendo sugar toda a pureza das
árvores. E quantas são as flores que são esquecidas? Há adorno melhor do que
aqueles pontos coloridos que enfeitam as manhãs? Há beleza maior que o sol nascendo
e iluminando aos poucos o manto negro que foi a noite? Por trás das árvores e
flores, por trás dos prédios e pontes, por sobre as imensidões de água: lá está
ele. Brilhante, sorrindo. Trazendo felicidade. Quantos realmente dão a alma o
prazer de tão demorado deslumbramento? E os pássaros reverenciam sua chegada:
com seu voar e seu cantar. Sua festa aos céus.
A brisa zumbi; as folhas farfalham;
os pássaros e cigarras cantam; a água choca-se com a terra. Você ouve? Ouve a
natureza lhe chamando para a festa? E esta festa não tem fim: mesmo após o
crepúsculo. O sol se recolhe, deixando para trás poucos raios avermelhados. Até
mesmo tais raios, depois de certo tempo, dão lugar a lua. Mansa, surgindo
escondida. Logo, o céu é de novo um manto negro, salpicado de estrelas,
iluminado pelo luar. Já se perdeu ao observar a lua? Aconselho. Perca-se quantas
vezes necessário for. Deixe-se hipnotizar pelo brilho, deixe que o magnetismo
aja sobre seu ser. Perca-se em tal misticismo. Deixe-se voar. Até o mar se
rendeu, e cá estão as marés subindo e descendo, ao dispor de tal astro. O mar
sem fim: imponente, majestoso. Cheio de mistérios. Até ele se rendeu.
A natureza trabalha em perfeito
equilíbrio e tudo ao nosso redor nos mostra seu esplendor e perfeição. Tal
mistério não abala seus conceitos? Não lhe faz repensar valores, querer viver a
vida de verdade? Não lhe faz querer aproveitar cada momento? Renda-se. Deixe-se
guiar pela felicidade e entre em sintonia. Deixe-se hipnotizar. Viva de verdade.
Viva o sol, viva o céu, viva o verde, as árvores, as flores. Viva a lua, viva
as estrelas, viva o mar sem fim. Viva, simplesmente, o que você é. Você faz
parte de toda essa exuberância. Basta render-se.
É isso ai, fazemos realmente parte de toda essa exuberância chamada natureza!!!
ResponderExcluirFicou lindo e é tão simples viver bem. Nos que complicamos tudo!!!
Parabéns!
Obrigada, Re! *-*
Excluir